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Hoje, o pediatra Lino Rosado responde a uma questão relacionada com o medo da morte por parte de uma criança.
A minha filha de 11 anos de vez em quando tem uma espécie de «ataques». De repente, começa chorar, fecha os olhos e os punhos e corre para mim como se estivesse a fugir e diz «mãe, estou a pensar naquilo». Pensar naquilo é pensar na morte, na sua morte. Já tentei várias abordagens, já tentei ser dura, mas acabo sempre por consolá-la com todo o amor. É muito aflitivo. Devo preocupar-me?
As preocupações desta mãe são legítimas. No entanto, deve saber que o medo faz parte do desenvolvimento normal de qualquer criança ou adolescente. É uma resposta emocional a um acontecimento real ou imaginário interpretado como ameaçador e traduz-se por um estado de alerta que pode ser benéfico para agir em situações de perigo. O medo da morte é inerente ao desenvolvimento humano.
Aparece na infância, a partir das primeiras experiências de perda. Trata-se de um medo do desconhecido, aliado ao medo da própria extinção, da rotura da cadeia afetiva, da solidão e do sofrimento. A comunicação e o afeto que lhe está a proporcionar como mãe são muito importantes.
Deve também ajudar a sua filha a compreender os motivos que estão por detrás do seu medo e tranquilizá-la. Desta forma, a sua angústia e ansiedade vão desaparecer. Se o medo começar a invadir o seu estilo de vida, ou permanecer por um longo período (superior a seis meses), deve procurar a ajuda de um psicólogo.
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