
Já está disponível a segunda temporada de Atypical, comédia da Netflix, e nós contamos-lhe a história de Sam, personagem com perturbação do espetro de autismo, que vive à procura da sua independência.
Texto de Alexandra Pedro | Fotografia
A partir desta sexta-feira, 7, pode assistir à segunda temporada de Atypical, a série em torno de Sam (Keir Gilchrist), um rapaz de 18 anos com perturbação do espetro do autismo, e da sua família (os Gardner).
As dificuldades que atravessa no seu dia a dia (demasiado barulho e luzes que o incomodam) e a luta pela sua integração na sociedade (arriscando até ter a sua primeira relação sexual) são alguns dos desafios que acompanham Sam.
A segunda temporada de atypical já está disponível na netflix. São 10 episódios de 30 minutos
Nesta segunda temporada, apesar de ainda não se ter desvendado muito, sabe-se que existirão mais dilemas em redor da família Gardner.
Começando por Casey, irmã de Sam, que se destaca no atletismo, e por isso muda-se para uma nova escola – onde estará distante da família, amigos e namorado – e também ela experimentará problemas de inclusão. Além disso, depois de testemunhar um beijo entre a sua mãe, Elsa, e o amante, as coisas poder-se-ão complicar.
A mãe, Elsa Gardner, com uma relação extraconjugal, terá de lutar para recuperar a confiança do seu marido, Doug.
Críticas positivas a Atypical
A série, que estreou em agosto de 2017 com oito episódios, foi bem recebida pela crítica. Pelas reviews, espera-se que este ano seja idêntico.
Na Forbes destacou-se a forma como a série parece tão real: «tudo o que acontece em Atypical é como se pudesse acontecer exatamente da mesma forma na realidade».
No The Guardian salienta-se a coragem pela abordagem do tema: «profundamente bem-intencionada e provavelmente esclarecedora para aqueles que não sabem muito sobre a condição, a série é inequivocamente boa».
A partir desta sexta-feira, 7, há mais dez episódios (de 30 minutos cada) para avaliar.
Sam e o espetro do autismo
De acordo com a Federação Portuguesa de Autismo, Leo Kanner, pedopsiquiatra austríaco, publicou um estudo em que enumerava algumas características do espetro. Podem ser elas: «boa capacidade de memorização, expressão inteligente e ausente, mutismo ou linguagem sem intenção comunicativa, hipersensibilidade a estímulos e relação estranha e obsessiva com certos objetos».
Na série da Netflix, Sam apresenta precisamente estas características. Dificuldade em estar em locais demasiado barulhentos e luminosos, a literalidade com que interpreta tudo o que lhe dizem, o facto de nunca olhar nos olhos e uma obsessão inexplicável pela Antártida, bem como pelos pinguins que por lá habitam, são apenas algumas das suas particularidades.
No seu caderno, que o acompanha para todo o lado, o jovem de 18 anos vai apontado as dicas do seu melhor amigo Zahid (interpretado por Nik Dodani), os prós e contras da sua namorada Paige (Jenna Boyd) e ainda os gostos da sua grande paixão, a terapeuta Julia (interpretada por Amy Okuda).

É, além de tudo isto, guiado pelo desejo da independência e de ter um relacionamento sexual. Para isso, tem de se adaptar aos dilemas do namoro, da vida familiar e, a juntar a tudo isto, não levar demasiado à letra os conselhos do seu melhor amigo.