
Acontece quando as bactérias conseguem entrar na pele e conseguem infetar as camadas mais profundas. Os sintomas podem ser distintos: vermelhidão da pele, aumento da temperatura no local da infeção e dor.
Texto de Alexandra Pedro | Fotografia Shutterstock
A celulite infecciosa caracteriza-se por ser uma infeção bacteriana grave da pele, que consegue chegar às camadas mais profundas. Os sintomas desta patologia estão normalmente associados a vermelhidão, calor e dor no local das lesões.
Fátima Carvalho, podologista do Centro Clínico do Pé, explica que «as infeções dos tecidos moles são caracterizadas por inflamações agudas, difusas, edematosas, supurativas e disseminadas, e estão frequentemente associadas a sintomas sistémicos como mal-estar, febre e arrepios».
E acrescenta que caso a infeção atinja tecidos mais profundos, pode resultar em necrose (quando todas as funções orgânicas e metabólicas do tecido cessam), o que requer a sua remoção, através de uma cirurgia.
O tratamento é estabelecido consoante o grau de infeção. Obesidade, cortes na pele ou queimaduras são alguns dos fatores que podem influenciar o aparecimento desta patologia
Este tipo de infeção pode também atingir o sangue, sendo que nestes casos, é mais comum sentir febre, vómitos ou a respiração mais acelerada.
A especialista informa ainda que a «entrada de agentes patogénicos» na pele pode surgir por diversas razões, entre elas:
- Cortes na pele;
- Pé de atleta;
- Picadas de inseto;
- Insuficiência venosa crónica;
- Obesidade;
- Feridas cirúrgicas;
- Queimadura;
- Uso de drogas por via endovenosa.
Para o tratamento desta patologia, Fátima Carvalho aconselha a realização de um diagnóstico diferencial, para despiste de outras doenças com sintomas semelhantes. Depois disso, o tratamento deve ser aplicado consoante «o grau de celulite infeciosa presente».
«É recomendado repouso, imobilização e elevação da área infetada para reduzir o edema, bem como o tratamento da zona de ‘entrada’ da infeção», explica.
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