
Células nervosas que controlam a fome foram identificadas em ratos. Aplicar a descoberta aos humanos pode ser a chave para regular o apetite.
Texto de Ana Pago | Fotografia Shutterstock
Que o sistema digestivo está em constante comunicação com o cérebro não é novidade. Nova, sim, é a descoberta de células nervosas que impelem os ratos a comer, situadas numa região profunda e misteriosa do cérebro que ninguém sabia que eles tinham – a nucleus tuberalis lateralis, conhecida pelo seu mau funcionamento em doenças neurodegenerativas como a de Alzheimer ou Huntington.
Segundo a pesquisa, publicada na Science News, assinada em conjunto por cientistas dos EUA, Singapura e China, o facto de existir um mecanismo idêntico no cérebro humano alimenta agora a esperança de se poder desligar essas células responsáveis pela fome e, consequentemente, de novos avanços no combate à obesidade e outros transtornos alimentares.