
Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer são os vencedores do prémio Nobel da Economia em 2019, foi anunciado esta segunda-feira. De acordo com a entidade que atribui os prémios, a distinção foi entregue para valorizar as investigações dos premiados “para aliviar a pobreza global”.
BREAKING NEWS:
The 2019 Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel has been awarded to Abhijit Banerjee, Esther Duflo and Michael Kremer “for their experimental approach to alleviating global poverty.”#NobelPrize pic.twitter.com/SuJfPoRe2N— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 14, 2019
“A investigação levada a cabo pelos laureados melhorou consideravelmente a nossa capacidade para combater a pobreza global. Em apenas duas décadas, as novas abordagens deles baseadas em experiências transformou o desenvolvimento da economia”, pode ler-se no site oficial da organização.
Em meados da década de 1990, Michael Kremer e os seus colegas fizer experiências de campo para testar uma série de intervenções que poderiam melhorar os resultados das escolhas no oeste do Quénia. Abhijit Banerjee e Esther Duflo seguiram o exemplo e realizaram estudos semelhantes em outros países. Agora, esses métodos de investigação experimental dominam a economia do desenvolvimento.
Michael Kremer nasceu em 1964 e é professor de desenvolvimento de sociedades na Universidade de Harvard. Também em Harvard leciona Abhijit Banerjee, nascido em 1961 em Mumbai, na Índia, e é casado com a também premiada Esther Duflo, nascida em 1972 em Paris, em França, que se tornou a pessoa mais jovem de sempre a vencer o prémio Nobel da economia.
“Os premiados – e aqueles que os seguiram noutros estudos – melhoraram notavelmente a nossa possibilidade de lutar contra a pobreza”, sublinha o comunicado. Assim, por exemplo, como resultado direto de um dos estudos, mais de cinco milhões de crianças na Índia foram favorecidas por programas para melhorar o rendimento escolar. Outro exemplo são os subsídios para programas preventivos em saúde em alguns países.
O comunicado sublinha a importância da luta contra a pobreza global e recorda que, apesar de todos os progressos que a humanidade fez, cerca de cinco milhões de crianças em todo o mundo morrem por causa de doenças que poderiam prevenir-se e 50% das crianças de todo o mundo abandona a escola sem uma alfabetização básica e sem conhecimentos mínimos de matemática.
O Prémio de Ciências Económicas (Prémio Sveriges Riksbank de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel) foi hoje anunciado pouco antes das 11.00, hora de Lisboa.
Oficialmente conhecido como o prémio de ciências económicas do Banco da Suécia em memória de Alfred Nobel, a distinção não foi criada pelo fundador, mas é considerado como parte dos prémios Nobel.
O prémio foi criado pelo Riksbanken, o banco central sueco, em 1968, e o primeiro vencedor foi selecionado um ano depois. No ano passado o prémio foi atribuído ao britânico Oliver Hart e ao finlandês Bengt Holmström pelas suas contribuições para a Teoria dos Contratos.
Com este prémio terminam os anúncios dos Prémios Nobel, que na semana passada se concederam nas disciplinas de Medicina, Física, Química, Literatura (de 2018 e 2019) e da Paz.
Vencedores dos Prémios Nobel 2019
Medicina: William G. Kaelin, Gregg Semenza e Peter Ratcliff.
Física: James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz.
Química: John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino.
Literatura: Olga Tokarczuk e Peter Handke
Economia: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer
Paz: Abiy Ahmed Ali