
O músico Paulo Carvalho revela à DN Life qual foi o melhor conselho que recebeu até hoje. Foi-lhe dado pelos pais.
Texto de Alexandra Pedro | Fotografia Paulo Spranger/Global Imagens
Nini dos Meus 15 Anos, E Depois do Adeus ou Abracadabra são algumas das muitas interpretações marcantes do músico e compositor português, que celebrou 55 anos de carreira recentemente.
Manuel Paulo de Carvalho da Costa, mais conhecido como Paulo de Carvalho, fundou os Sheiks nos anos 1960 e participou no Festival da Canção de 1974 com a música E Depois do Adeus – que viria a ser contrassenha do movimento dos capitães, na Revolução de Abril.
Chamaram-lhe «A Voz» e o músico português, pai de cinco filhos, já a partilhou em palco com dois deles (os artistas): Mafalda Sacchetti e Bernardo Carvalho Costa (aka Agir).
Foi o filho que produziu o mais recente álbum de Paulo de Carvalho, Duetos, que reúne participações de artistas como Camané, José Cid, Rui Veloso ou Raquel Tavares.
Neste longo percurso, o cantor teve sempre presente a influência familiar e os conselhos dos seus pais, que jamais esqueceu. «O melhor conselho que recebi até hoje foi dado pela minha família. O que destaco é: o respeito pelos outros e ter seriedade na vida», diz.
«Se formos sérios e honestos com os outros, seremos sérios connosco. Mas nem todos entendem a vida desta maneira».
«Desde muito cedo que me diziam isso. E mais. Fui influenciado pelo exemplo deles. A seriedade é algo muito importante, diria que é a base de tudo», acrescenta o músico, que considera que o mundo está em declínio.
«Quando olhamos à nossa volta, percebemos que existem poucas pessoas sérias na vida e nas suas profissões. É muito triste.»
«Se formos sérios e honestos com os outros, seremos sérios connosco. Mas nem todos entendem a vida desta maneira.»
Aos 71 anos, Paulo de Carvalho – pai, além de Bernardo e Mafalda, de Paulo Nuno, Maria e Flor – espera que estes valores passem também como testemunho para os seus filhos.
«Que se lembrem sempre de mim desta maneira. É muito importante.»