Texto de Ana Pago | Fotografias da Shutterstock
É a forma de demência mais comum, em crescendo, irreversível. A ciência consegue diagnosticar o mal de Alzheimer, mas ainda não percebe o porquê de algumas pessoas o desenvolverem e outras não.
E neste estado de coisas a esperança volta-se agora para a dieta MIND – Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay (Intervenção Mediterrânica-DASH para Atrasos Neurodegenerativos) –, a cortar o risco da doença até 53 por cento em quem a segue rigorosamente.
Pessoas que aderem a esta dieta de forma moderada também reduzem o risco de Alzheimer.
«Um dos aspetos mais excitantes deste regime alimentar é o facto de também as pessoas que lhe aderem de forma moderada reduzirem os riscos de Alzheimer em 35 por cento», revela a especialista em nutrição Martha Clare Morris, uma das autoras da dieta MIND, fascinada com os resultados divulgados na revista científica Alzheimer’s & Dementia.
«Nem a dieta mediterrânica nem a DASH apresentam resultados tão positivos como estes», diz. Segundo a mesma pesquisa, a MIND combina o que há de melhor nas dietas mediterrânica e DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension, concebida para baixar a pressão arterial e o colesterol).
A MIND combina o que há de melhor nas dietas mediterrânica e DASH.
Estudos diversos já tinham atribuído a ambas um papel fundamental na redução de problemas cardiovasculares, cancros e risco de demência, mas nunca como a MIND.
«Esta dieta foi especificamente desenvolvida para promover a saúde do cérebro, com alimentos que se sabem ser dos mais potentes a proteger a função cognitiva», explica Martha Clare Morris, enumerando uns quantos: vegetais de folha verde, nozes, frutos vermelhos, feijões, cereais integrais, peixe, frango, azeite e até vinho.
MIND ajuda ainda a emagrecer rápida, natural e eficazmente.
Uma vez comprovada a importância da MIND a prevenir a doença de Alzheimer, o ouro sobre azul chega com ajuda que esta dieta nos dá a emagrecer rápida, natural e eficazmente, por evitar à partida os alimentos associados à obesidade e doenças cardiovasculares.
«Além de ser mais fácil de seguir do que a dieta mediterrânica completa, que obriga ao consumo diário de peixe, três ou quatro porções de fruta e outras tantas de vegetais», remata a investigadora norte-americana.
Na fotogaleria, dizemos-lhe ao certo o que deve comer na dieta MIND, de modo a promover ao máximo a saúde do seu cérebro. Também lhe damos conta dos grupos alimentares a evitar para não errar na dose.